Eu queria ter escrito este texto ontem... Ontem sim ele brotaria com muita facilidade... Mas, ao mesmo tempo em que a inspiração vinha, uma força me puxava para baixo. Nada me fazia levantar da minha cama. Nem mesmo para escrever esse texto no Word e depois transcrevê-lo para o Blog.
(É. Estou novamente sem internet em casa. Mas agora não vou pedir ajuda, pedir pensamentos positivos para tudo voltar ao normal. O que não tem solução, solucionado está. Basta que eu exercite a minha paciência para aguardar as novas instalações do meu novo provedor e em breve minha casa estará novamente conectada ao mundo virtual).
Mas voltando ao texto, eu não tinha forças nem para lamentar a ausência da internet naquele momento.
E deitada lá na minha cama eu continuei com os meus “delírios”.
Eu queria escrever sobre o meu conflito em “terminar” coisas. Em vários instantes da minha vida eu paro e percebo que eu não consigo ir até o fim. Algumas vezes eu até chuto o pau da barraca e deixo por isso mesmo. Paro onde estiver, como se eu me encontrasse numa encruzilhada, e mudo de caminho sem olhar para trás. Mas outras vezes parece que carrego comigo milhões de coisas “não-acabadas”, como se um dia eu fosse ainda colocar um ponto final nessas coisas.
Fico até repetindo pra mim mesma, várias vezes, frases prontas como “Do salto não desço, da luta não me retiro” ou “Iria só até o fim”, tentando eu mesma me empurrar adiante, mas eu acabo me auto-sabotando.
O delírio de hoje começou, com a ajuda de uma semana pra lá de “perdida”, depois que eu me apaixonei por uma luminária linda que vi na vitrine de uma loja e não consegui “encaixa-la” em nenhum lugar na minha casa. Uma casa tão lindinha, tão novinha e com a decoração inacabada.
Tudo pela metade. Com se minha vida estivesse pela metade. Como se eu estivesse esperando uma outra parte para, não apenas me completar, mas completar as coisas que eu começo e não termino.
Cheguei a pensar em toda a minha vida. Na minha ansiedade constante de começar, de começar tudo loucamente, de juntar forças para os inícios e de perder energia para chegar ao fim. Nos cursos que comecei e não terminei. Enjoei antes do fim. Nos livros que comecei e não cheguei à última página. Nos filmes que comecei e dormi antes do “The End”. Nos próprios textos que começo a escrever com muita empolgação, canso na metade, fico na angústia de terminá-los e acabo dando um fim sem pé nem cabeça.
Deve ser loucura uma pessoa querer se auto-analisar, sem teoria, apenas se baseando nos seus delírios, mas é o que eu faço comigo mesma. Fico tentando descobrir porque que eu sou uma pessoa tão confusa a ponto de não saber qual é a melhor forma de eu lidar com esses ciclos.
Alguns ciclos eu consigo fechar e os transformo em bolhas de sabão que, de tão redondinhos, flutuam levemente e vão estourar bem longe, espalhando sua energia pelo universo.
Outros são fechados por si só. Sou pega de surpresa, sem a menor preparação ou vontade para que o fim seja logo, agora, sem desculpa!, mas mesmo assim eles se fecham e eu os aceito como bolas de sinuca caindo em suas caçapas, acertadas por tacos alheios, mas que de tão bonita que tenha sido a jogada, você ainda bate palmas para o adversário.
E por fim esses ciclos que não se fecham, que não se completam, que às vezes são esquecidos e outras voltam à tona. Na verdade não são ciclos, não têm forma. Ficam como fantasmas nos rodeando, nos assombrando como se dissessem “eu, e não você, tenho as rédeas de sua vida em minhas mãos” ou “você é louca” ou “você não é perfeita” ou ainda, e aqui confesso ser um dos meus pensamentos mais sádicos, “eu existo para que o seu ciclo existencial não se feche”.
É. Eu sei. Essa será uma luta constante comigo mesma. De saber me dominar. De saber me libertar. De aceitar muita coisa do jeito que tem que ser, simples assim. De aceitar que a perfeição é para poucos, ou melhor, poucas (coisas). De não querer sempre buscar uma resposta pra tudo, uma solução pra tudo. De saber tomar uma decisão e assumir essa decisão. De cada vez mais, eliminar esses fantasmas ou não dar ouvido pra eles. O meu “ciclo” um dia vai se fechar, mas que seja na hora certa. E que eu tenha no mínimo vivido, não, VIVIDO! quando essa hora chegar.
(É. Estou novamente sem internet em casa. Mas agora não vou pedir ajuda, pedir pensamentos positivos para tudo voltar ao normal. O que não tem solução, solucionado está. Basta que eu exercite a minha paciência para aguardar as novas instalações do meu novo provedor e em breve minha casa estará novamente conectada ao mundo virtual).
Mas voltando ao texto, eu não tinha forças nem para lamentar a ausência da internet naquele momento.
E deitada lá na minha cama eu continuei com os meus “delírios”.
Eu queria escrever sobre o meu conflito em “terminar” coisas. Em vários instantes da minha vida eu paro e percebo que eu não consigo ir até o fim. Algumas vezes eu até chuto o pau da barraca e deixo por isso mesmo. Paro onde estiver, como se eu me encontrasse numa encruzilhada, e mudo de caminho sem olhar para trás. Mas outras vezes parece que carrego comigo milhões de coisas “não-acabadas”, como se um dia eu fosse ainda colocar um ponto final nessas coisas.
Fico até repetindo pra mim mesma, várias vezes, frases prontas como “Do salto não desço, da luta não me retiro” ou “Iria só até o fim”, tentando eu mesma me empurrar adiante, mas eu acabo me auto-sabotando.
O delírio de hoje começou, com a ajuda de uma semana pra lá de “perdida”, depois que eu me apaixonei por uma luminária linda que vi na vitrine de uma loja e não consegui “encaixa-la” em nenhum lugar na minha casa. Uma casa tão lindinha, tão novinha e com a decoração inacabada.
Tudo pela metade. Com se minha vida estivesse pela metade. Como se eu estivesse esperando uma outra parte para, não apenas me completar, mas completar as coisas que eu começo e não termino.
Cheguei a pensar em toda a minha vida. Na minha ansiedade constante de começar, de começar tudo loucamente, de juntar forças para os inícios e de perder energia para chegar ao fim. Nos cursos que comecei e não terminei. Enjoei antes do fim. Nos livros que comecei e não cheguei à última página. Nos filmes que comecei e dormi antes do “The End”. Nos próprios textos que começo a escrever com muita empolgação, canso na metade, fico na angústia de terminá-los e acabo dando um fim sem pé nem cabeça.
Deve ser loucura uma pessoa querer se auto-analisar, sem teoria, apenas se baseando nos seus delírios, mas é o que eu faço comigo mesma. Fico tentando descobrir porque que eu sou uma pessoa tão confusa a ponto de não saber qual é a melhor forma de eu lidar com esses ciclos.
Alguns ciclos eu consigo fechar e os transformo em bolhas de sabão que, de tão redondinhos, flutuam levemente e vão estourar bem longe, espalhando sua energia pelo universo.
Outros são fechados por si só. Sou pega de surpresa, sem a menor preparação ou vontade para que o fim seja logo, agora, sem desculpa!, mas mesmo assim eles se fecham e eu os aceito como bolas de sinuca caindo em suas caçapas, acertadas por tacos alheios, mas que de tão bonita que tenha sido a jogada, você ainda bate palmas para o adversário.
E por fim esses ciclos que não se fecham, que não se completam, que às vezes são esquecidos e outras voltam à tona. Na verdade não são ciclos, não têm forma. Ficam como fantasmas nos rodeando, nos assombrando como se dissessem “eu, e não você, tenho as rédeas de sua vida em minhas mãos” ou “você é louca” ou “você não é perfeita” ou ainda, e aqui confesso ser um dos meus pensamentos mais sádicos, “eu existo para que o seu ciclo existencial não se feche”.
É. Eu sei. Essa será uma luta constante comigo mesma. De saber me dominar. De saber me libertar. De aceitar muita coisa do jeito que tem que ser, simples assim. De aceitar que a perfeição é para poucos, ou melhor, poucas (coisas). De não querer sempre buscar uma resposta pra tudo, uma solução pra tudo. De saber tomar uma decisão e assumir essa decisão. De cada vez mais, eliminar esses fantasmas ou não dar ouvido pra eles. O meu “ciclo” um dia vai se fechar, mas que seja na hora certa. E que eu tenha no mínimo vivido, não, VIVIDO! quando essa hora chegar.
Enfim, vou atrás daquela luminária!
8 comentários:
Q lindo....
Fiquei emocionada!!!!
Saudades... será q rola um encontrinho essa semana? Pastellllllll!!!!!
Será que eles tem mais de uma igual ? Pois também vou atrás dela.
Confesso estive lendo e achando que estava me lendo em sua palavras. A cada dia, acho que somos realmente gemeas !! Beijos te amo amiga !
Ana,
Acompanho seu blog e adoro seus textos, mas esse eu tive que comentar porque realmente amei. Me identifiquei bastante com a tendência de deixar coisas sem terminar, tenho essa estranha sensação de não saber para onde caminho e sentindo uma sensação de desconforto, como se tivesse que terminar algo do passado. Parabéns pelos lindos textos. Se vc escrever um livro eu certamente estarei na fila de autógrafos...
Beijos de um admirador sincero
Ohhh... a luminária é mesmo linda!!! Eu tava lá e vi tb... mas achei mais lindo ainda sua coragem de se auto analisar publicamente... vc é que pensa que não pode fazer isso... a gente sabe mais da gente mesmo do que imagina! E sabe uma coisa que tenho aprendido com a minha profissão? A vida é isso mesmo: ciclos... que vem, se fecham e abrem quase que automaticamente outros... Um ciclo sem fim... vc lembra do Rei Leaõ? E se esse tá te tirando o sono, vai lá e fecha ele para que vc fique em paz... ou deixe que ele se feche sozinho mesmo... como vc preferir! Ihh... quase fiz um post!!! Vou indo então! BJO.
Bom eu não sou inacabado, sou acabado mesmos!!! KKKK, Adorei amiga!!! Bjão
Ana.To sempre por aqui mas acho que nunca comentei. rs
Mas me identifiquei com alguns pontos desse post.
Acho que todos temos essas fases "inacabadas" alguns fases mais longas...outros menores. Tenho minhas fases. E depois fico angustiada querendo recuperar o "tempo perdido" pois normalmente eu culpo a falta de tempo para nao acabar algo...mas não faço nada nesse tempo ocioso que sobra!!
É...Essa é a vida.
Vá lá..e compre a luminária! Depois vc decide onde colocar! :-)
Bjo
Lindo o seu texto...pensei que somente eu fosse assim, mas to descobrindo com esse blog, que somos relativamente parecidos, n�s seres humanos. adorei msm.e fiquei feliz por eu n ser a unica empolg��o s fim p come�ar, entretanto enjoar rapidamente das coisas...
parabens!
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