quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Não acomodar com o que incomoda!


E depois de pedidos incessantes, finalmente O Teatro Mágico, volta a Juiz de Fora.
E dessa vez na, até então, considerada por mim a melhor casa de espetáculos da cidade – o Cultural Bar.
Foram dias aguardando a venda dos ingressos, que não sabemos porque, mas a organização do show definiu um único ponto de vendas – Lojas Taco.
Até aí tudo bem, são três ou quatro lojas na cidade, seria fácil adquirir o ingresso.

Tudo bem se não fosse a greve dos Correios.
Foram idas e mais idas até às lojas Taco e a única resposta era “Não! Os Correios não entregaram os ingressos”.
O último ‘não’ que eu recebi foi na segunda-feira, 28 de setembro, menos de uma semana para o show.
Mas na terça-feira, impossibilitada de visitar as Lojas Taco mais uma vez, recebo à noite a notícia: “Ana! Não só começaram a vender hoje os ingressos como já acabaram os dois primeiros lotes! Se a gente não correr, amanhã a gente perde o terceiro, o quarto, o quinto...”
Pânico geral!
Não porque a apresentação dO Teatro Mágico não mereça, mas eu D-U-V-I-D-O!, duvido!, duvido que os empresários locais não aproveitaram dessa situação para levarem a melhor em cima da gente, em cima da própria produção do espetáculo, "vendendo" dois lotes I-N-T-E-I-R-O-S em apenas um único dia.
("Aaaah! Ana a menos que cada lote contenha apenas 10 ingressos, neah?!"). Continuo duvidando!

Voltei hoje à loja Taco e comprovei a história toda da venda dos dois lotes, por sorte ainda consegui comprar os nossos convites do terceiro lote. Comprei! Lógico! Apesar da revolta que me consumia.
Mas mais revoltante seria não participar deste evento! Eu, com certeza, não me perdoaria.

Mas o sangue ainda ferve e o protesto não poderia deixar de ser feito.
Somos ‘o público’, somos ‘os fãs’, e mais do que isso conhecemos a política dO Teatro Mágico há anos e por eles isso nunca aconteceria.
Não adianta depois cruzarmos os braços e enchermos a boca para dizer: brasileiro é um povo ignorante, brasileiro é povo sem cultura.
A gente busca, a gente tenta, mas sempre existirão as almas negras atravancando caminhos.

A vocês, amigos, que copio este e-mail "Vamos só até o fim!".
À produção dO Teatro Mágico, "com vocês só enquanto eu respirar!".
Aos outros, meu lamento... minha decepção...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

No Escritório Celestial


Quinta-feira, 17h. No chat as amigas, sentadas no mesmo departamento, na mesma sala, com as mesas de frente uma para outra, já começam a combinar a programação para o final de semana. Pelo e-mail outra amiga acabar de passar a agenda cultural completa da cidade:
- 5ª - Forró no Bar da Fábrica; ou
- 5ª - Quitanda Cultural no Cultural Bar, com Orquestra Voadora;
- 6ª - Happy Hour no Bar do Bigode; ou
- 6ª - Baile do Silva no Cultural Bar; ou
- 6ª - Samba no Bar da Fábrica;
- Sábado – passar o dia em Petrópolis para abastecer o guarda-roupa; ou
- Sábado – Bar do Léo, à tarde; ou
- Sábado – Cine Theatro Central – Ensina-me a viver; ou
- Sábado – Cervejinha no Alto dos Passos;
- Domingo – Almoço na casa das amigas; ou
- Domingo – Cine Theatro Central – Aonde está você agora.
Uma mensagem no celular: “Qual é a boa?”, avisa que a partir de agora o clima no escritório começa a relaxar. O final de semana está chegando e nós vamos à forra! Descansar... curtir! Pensar em prazos, projetos, tarefas, customizações, treinamentos, computadores, telefones, canetas, blocos, cadeiras arrastando, portas batendo, agora só na próxima segunda.
Mas isso aqui! Neste plano!
Enquanto isso, em algum lugar distante (ou não!) daqui, num plano, digamos, mais celestial a cena se inverte.
Enquanto começamos a nos despedir dos nossos escritórios, nossos Anjos-da-Guarda começam a chegar aos seus!
_ Bom tarde, Miguel Como foi de semana?
_ Foi tudo bem! Consegui consertar aquela asa quebrada e descansar... E você Rafael teve tempo de levar sua harpa num autorizado?
_ Não tive... Levei foi serviço pra casa... Tive que preparar um relatório, para Ele, sobre o último final de semana da minha protegida Ana. Eu e a equipe que vigia aquela turma tivemos um trabalho dureza! Mas no final deu tudo certo. Trabalhando em grupo conseguimos deixá-los sãos e salvos em suas casas depois daquela quantidade de cerveja que eles tomaram, daquele trânsito infernal, ops!, trânsito insuportável que eles enfrentaram voltando do show. Sem falar na comilança desgovernada que não muda de final de semana pra final de semana.
_ Imagino! Você deve ter começado sua segunda um lixo!
_ É, mas agora estou bem. Tudo certo para começar mais um final de semana de muito trabalho. Já me preparei depois que vi a lista que Ana recebeu da programação cultural dos próximos dias... Boa quinta pra você!
_ Pra você também! Bom trabalho, boa vigília! E vamos ver se pelo menos nesse domingo a gente consegue fazer um Happy Hour lá pelas 23h30.
_ Vamos sim. Mas vamos ter que levar o violão porque a harpa só na próxima folga, se ela me deixar livre durante a semana!