Coleções

Conhecem-se as pessoas pelas suas coleções.
Gosto disso! Gosto dessa frase.
Se alguém já disse isso eu não sei, mas eu estou com essa afirmação na minha cabeça há dias.
Tudo começou no último domingo. No meio do samba o Sandrão disse: “Ana, você tem que baixar esses caras!”. É que tava rolando o som do Clube do Balanço.
Bom, não deu outra. A Ana tá com os dois cds dos caras rolando a semana toda.
E nessa brincadeira de música nova na coleção, fui arrumar minhas preciosidades e fiquei imaginando pessoas e suas coleções ou até mesmo a ausência delas.
E fiquei analisando... Isso é legal! As pessoas dizem muito mais delas do que elas imaginam. E eu também!
Acho que é muito difícil se esconder. Só se você não deixar ninguém invadir a sua casa, a sua área, o seu território.
Os seu livros, os seus discos, seus dvds, suas fotos, suas cartas... Eles são capazes de revelar segredos da sua alma!
Sei direitinho quem são as pessoas que eu quero ao meu redor!
Sei por suas coleções, por seus objetos, por seus sonhos revelados em cada uma daquelas caixinhas, daqueles “envelopes”, daqueles porta-cds, daquelas pratileiras, daqueles porta-retratos... Basta me deixarem dar uma espiadinha!
Não é censura ou pouco caso pelos gostos diversos, gosto muito de quase todo mundo, mas sei fazer escolhas. Não me importo se com isso também eu for escolhida. Mas confio no resultado. Não, não é falta de ousadia, é opção mesmo!
Como diz Lenine:
“É o que me interessa (...)
Quando eu olhar pro lado eu quero estar cercado só de quem me interessa (...) A lógica do vento / O caos do pensamento / A paz na solidão / A órbita do tempo / A pausa do retrato / A voz da intuição / A curva do universo / A fórmula do acaso / O alcance da promessa / O salto do desejo / O agora e o infinito / Só o que me interessa”.